22 de julho de 2004

Tal como Pacheco Pereira, Manuel Alegre faz parte de um reduzido número de pessoas que, na política, pensa pela própria cabeça, e de um número ainda mais reduzido de pessoas que diz alto e bom som o que pensa — mesmo que isso vá contra o que pensa o seu próprio partido. Daí que me custe ver Manuel Alegre candidatar-se a secretário-geral do PS, um cargo para o qual não me parece que tenha qualquer vocação. Além de ser uma surpresa, provavelmente só comparável à surpresa que foi a candidatura de Vasco Pulido Valente a um lugar no Parlamento.