3 de março de 2005

«É muito triste que não existam em Portugal ambientalistas a sério, ambientalistas que não pensem o Património Natural como uma vaca sagrada desligada da vivência quotidiana das pessoas. O que acontece as mais das vezes é que se discutem as coisas do ambiente de forma fascista, ou seja, abolindo toda e qualquer negociação política. Quem perde é o ambiente, mas, infelizmente, o estado do ambiente nunca foi coisa que preocupasse por aí além o ambientalista português: ele quer é mostrar-se indignado, mostrar ao mundo o sensivel que é, deixando para os outros a responsabilidade de lhe confeccionar os jeeps e refinar o gasóleo com que se locomove até à "natureza", de lhe transformar maravilhosas árvores em magníficos guias ilustrados da natureza, de lhe minar o cobre por onde passa toda a informação que circula no mundo e que permite que a causa ambientalista seja hoje verdadeiramente global, de lhe concentrar os elementos radioctivos que lhe fazem o raio x à perna quando se aventuram demais na escarpa para ver os ovos de uma águia-imperial (era bom era).»
Do grande maradona (com minúscula), é claro.