4 de novembro de 2005

A carta que o embaixador de Portugal no Brasil resolveu publicar na imprensa brasileira em resposta ao comentário do escritor Miguel Sanches Neto sobre os escritores portugueses, que o Gávea transcreveu e outros comentaram, convenceu-me plenamente. Mas já não me convence o argumento de Seixas da Costa quando este diz que, na qualidade de cidadão, tem todo o direito de apoiar a candidatura presidencial de quem muito bem entender. Insisto no que aqui disse há uns dias: porque não há-de o presidente da República ou o primeiro-ministro, na qualidade de cidadãos, apoiar o candidato A ou o candidato B? E, se for essa a sua vontade, porque não há-de o cidadão Seixas da Costa pedir a demissão de Lula da Silva ou do presidente Bush? Será que a lógica não é a mesma? Quem é capaz de dizer onde está a linha que separa o cidadão do embaixador?