18 de maio de 2006

Manuel Maria Carrilho não se cala. Agora decidiu entregar uma compilação de recortes de imprensa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, a quem sugere uma análise dos media portugueses. Acontece que, como toda a gente disse e repetiu, o deputado-filósofo devia ser a última pessoa a fazê-lo, pois ninguém lhe reconhece autoridade moral para fazer queixas da comunicação social. A coisa vai, portanto, morrer por aqui. Mas é pena, porque Manuel Maria Carrilho é capaz de ter alguma razão nas críticas que faz, como salientou Emídio Rangel aquando do lançamento de Sob o signo da verdade, ao dizer que há jornalistas que se «vendem e prostituem na praça pública» que deviam «ser banidos dos meios para salvaguarda daqueles que exercem bem a profissão», embora se lamente que não tenha apontado casos concretos de que, certamente, tem conhecimento.