17 de março de 2008

TEATRO AMADOR. Não duvido que os peritos tenham razão quando dizem que os políticos beneficiam com as «entrevistas pessoais», ou lá como lhe chamam. Afinal, sempre são especialistas na matéria, e não me passa pela cabeça que as suas teses não assentem em factos. Mas que foi penoso assistir à entrevista de Sócrates à SIC (não vi a de Menezes), lá isso foi. Penoso porque se esperaria que uma entrevista do género resultasse mais descontraída e menos formal, e o que se viu não foi nada disso. O que se viu foi Sócrates tão ou mais tenso que numa entrevista «normal», e tão ou mais formal que numa entrevista «normal». Ao contrário do que se pretendia, o que se esperaria espontâneo soou a (mal) ensaiado e pessimamente representado. Resta saber se a coisa surtiu o efeito desejado.