30 de dezembro de 2008

REACÇÃO DESPROPORCIONADA. Por aquilo que se vê, a tese de que a reacção israelita aos rockets do Hamas foi «desproporcionada» ganha adeptos de dia para dia. Hoje foi a vez do nosso ministro dos Estrangeiros, ontem do secretário-geral da ONU, amanhã de outra figura qualquer. Ora, o que seria, para esta gente, uma reacção aceitável? Israel responder às pedradas com mais pedradas, e aos rockets com mais rockets? É evidente que, num conflito destes, cada um ataca (ou defende-se) como pode, e o resto é retórica. A reacção «desproporcionada» que se repete por aí não é, portanto, um argumento. Nem bom, nem mau. Como não é um argumento o facto de estarmos perante um combate de David contra Golias ou de fisgas contra aviões, pois quem tem menos capacidade para atacar (ou para se defender) não tem necessariamente razão.