29 de julho de 2011

A PEIXEIRADA.



De um modo geral, não aprecio as ideias e os métodos de Alfredo Barroso, mas não vi razão para tanta irritação quando ele citou, no já famoso debate, uma série de factos, alegando a parceira de discussão que Barroso procurava, com os factos citados, baixar o nível do confronto, como se os factos citados por Barroso fossem irrelevantes para o tema em análise. Também não percebi os motivos que levaram Teresa Caeiro a desqualificar o adversário, com a agravante de invocar inverdades, muito menos em que assenta a superioridade que julga ter. Provavelmente a irritação da senhora já vem de trás, mas ainda assim não percebo. É que Barroso nada disse que possa ser visto como uma descida ao lamaçal, para usar a expressão de Caeiro, muito menos que justificasse a peixeirada. A única coisa em que Teresa Caeiro esteve bem foi recusar o inacreditável momento «perdoa-me» que Mário Crespo propôs. No resto, foi lamentável. Lamentável na irritação, lamentável na sobranceria, lamentável na impreparação para discutir os temas em debate.