25 de maio de 2012

EUROFESTIVAL DAS CANTIGAS. Depois dos Homens da Luta, que no ano passado causaram um escândalo em certos meios artísticos por alegadamente terem imposto uma canção de carregar pelo bico a músicas de alto gabarito (a propósito: por onde andarão elas?), este ano foi a vez da «talentosa Filipa Sousa» (foi assim que a RTP a anunciou) representar a pátria no eurofestival das cantigas. O desinspirado adjectivo com que a RTP se referiu à cantante não augurava nada de bom, embora não me pareça que tenha sido por isso que ficou afastada das dez finalistas. Por aquilo que ouvi, a cançoneta é tão medíocre como as outras, apuradas e rejeitadas. Aliás, continuo sem perceber por que insistem as televisões no eurofestival das cantigas. Alguém se lembra da canção que venceu o ano passado? Evidentemente que ninguém se lembra. Há décadas que as cançonetas do eurofestival são tão sofríveis que não duram uma semana nas rádios. Como em arte o tempo é o grande juiz, será preciso dizer mais?