12 de fevereiro de 2013

O DESERTO. Pela enésima vez, o professor Carlos Reis saiu em defesa do novo Acordo Ortográfico (ver última edição do Expresso). Pela enésima vez, não apresentou um único (repito: um único) argumento. Têm sido assim todos quantos, desde o início, defendem o Acordo: zero argumentos, e quando os têm não passam de abstracções que, espremidas, não dão uma gota. O mínimo que se espera de quem defende uma ideia é que apresente argumentos, de preferência muitos e bons. Quem é contra o Acordo tem-nos apresentado às dúzias, quase todos pertinentes, sempre fundamentados, e com exemplos para todos os gostos. Já os defensores do dito, nem um para amostra. Tirando que é crucial para a «afirmação internacional da língua portuguesa», como ainda há pouco lembrou Jorge Miranda (sem que alguma vez se tenha explicado o que isso significa), é o deserto total. Será abusivo deduzir que não os têm?