7 de agosto de 2013

PODRIDÃO NA POLÍTICA. Depois do ministro dos Negócios Estrangeiros, que considerou «podridão dos hábitos políticos» o facto de os media divulgarem que Machete omitiu no currículo a passagem pelo BPN, o secretário de Estado que hoje se demitiu queixou-se que o fez empurrado pelo «lado podre da política». Acontece que Rui Machete e Joaquim Pais Jorge contribuíram, cada um a seu modo, para a podridão que tanto os incomoda. Para falar só dos casos mais recentes, o primeiro por ter omitido do currículo uma informação obviamente relevante e posteriormente ter dado explicações que não convenceram ninguém, o segundo por num dia não se lembrar de umas reuniões que no dia seguinte admitiu conhecer ao detalhe. Um e outro pertencem, portanto, ao lado mais «podre» da política, pelo que nenhum deles tem autoridade para dar lições de moral.