12 de dezembro de 2013

OS RESULTADOS ESTÃO À VISTA. Apesar de ser demasiado confusa, há uma passagem claríssima na prosa de Raquel Varela, que o Público identifica como investigadora e historiadora do trabalho: a função da Universidade não é adaptar-se «ao que o mercado necessita». «O mercado», diz ela, «é que tem de vir com urgência à universidade para ser criticado», que a universidade é o «lugar onde se produz conhecimento, onde se questiona o óbvio, onde se desafia, com coragem, o senso comum» (eu avisei que a prosa é confusa). Resumindo, deve ser o mercado a adaptar-se ao que as universidades pretendem, não as universidades «ao que o mercado necessita». Assim se percebe melhor por que nos últimos anos milhares de jovens obtiveram canudos que não servem para nada.