9 de junho de 2014

CONCLUSÕES PRECIPITADAS. Miguel Sousa Tavares afirmou, no Expresso, que os dois terços dos portugueses que não votaram nas Europeias contribuíram, com a ausência das urnas, para que os extremistas «tenham ganho uma força acrescida face ao voto dos outros». É um cenário possível, mas não único. Quem lhe garante que os abstencionistas votariam, caso fossem às urnas, nos partidos, digamos, «do sistema», e não reforçariam ainda mais os extremistas? Decidir não ir as urnas é, de certa maneira, um protesto. Resta, portanto, saber até onde os abstencionistas iriam caso protestassem nas urnas.