13 de agosto de 2014

AINDA OS ERROS ORTOGRÁFICOS. Sinceramente, não me parece normal tanto erro ortográfico (um em cada três professores examinados deu três ou mais erros, 15% cometeram cinco ou mais) e de pontuação (40% erraram três ou mais vezes) numa prova destinada a avaliar docentes contratados pelo Estado. Mesmo considerando que outras classes profissionais também os dão, como um professor se apressou a lembrar — e a exemplificar (com razão) — com os jornalistas, assim julgando desvalorizar uma questão que não pode — nem deve — ser desvalorizada. Mas se a justificação não convence, já me parece extraordinário que a presidente de uma Escola Superior de Educação venha dizer que os erros detectados na tal prova são normais, uma vez que os professores estavam «em situação de tensão» quando fizeram os exames, e segundo ela é normal que se erre quando se está sob tensão. Como é evidente, a explicação não explica coisíssima nenhuma, muito menos vinda de quem vem. Desde quando alguém que tem de prestar provas não está sob tensão? E quem, já agora, melhor que os professores, que periodicamente examinam os seus alunos, saberá que assim é? Eis um exemplo acabado de que os professores do ensino público, contratados ou efectivos, se julgam intocáveis. Definitivamente que não há, para eles, professores incompetentes, como acontece em todos os sectores de actividade. Só isto chega para duvidar das restantes razões que juram ter.