7 de novembro de 2014

INTERVALO LITERÁRIO. E agora, para desenjoar de Arquivos do Norte, segundo de três volumes autobiográficos de Marguerite Yourcenar, ler para crer o primeiro parágrafo da última crónica no Público de Valter Hugo Mãe, que muitos consideram um escritor, e dos bons:

«As metáforas da luz talvez expliquem porque perdemos o olhar entre candeeiros quando buscamos uma frase, uma solução para a sempre suplicante literatura. Fixamos espaços vazios, de onde se ausentam referências. Os tectos são páginas limpas cuja única palavra é candeeiro. Uma palavra que acende.»

Que tal? Confesso que fiquei todo aceso. Não fora um antiácido que mantenho por perto, e pegaria fogo a um incêndio.