25 de janeiro de 2023

TRÊS MESES. A Polícia Judiciária (PJ) demorou três meses a localizar e prender o autor de uma carta ao Presidente da República em que ameaçou matá-lo caso não lhe desse um milhão de euros. Leram bem: três meses. Isto depois de a PJ saber, desde a primeira hora, a identidade do sujeito, que não só se identificou na missiva como ainda forneceu dados bancários onde o dinheiro deveria ser depositado. E, sabe-se agora, pela voz do director da PJ, que o sujeito é perigoso e tem antecedentes criminais. O episódio prestar-se-ia ao anedotário se não fosse verdadeiro. Mas até uma anedota precisa de factos verosímeis para cumprir a função, e demorar três meses a fazer o que se faria em três dias soa pouco plausível.