
30 de maio de 2012

29 de maio de 2012

25 de maio de 2012

RECEITA PARA O DESASTRE. Como a previsão da OCDE acaba de demonstrar (antevê a necessidade de Portugal adoptar ainda mais medidas de austeridade para atingir os objectivos a que se propôs), a receita do Governo para a crise está a matar o doente. O primeiro responsável pela receita é o Governo, evidentemente, e ainda com responsabilidade acrescida por ter ido além do que a troika recomendava. Mas não deixa de ser espantoso que a receita para sair da crise, o famoso Memorando de Entendimento, que na altura em que foi aprovado ninguém contestou (salvo a esquerda do costume, pelas razões do costume), tenha sido cozinhada por quem nunca se duvidou da sua competência — a famosa troika, constituída pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, que ontem foi ao Parlamento dizer que tudo vai bem e noutro sítio qualquer se mostrou surpreendida com a subida do desemprego. Como mais uma vez se demonstra, o mundo está cheio de especialistas que erram no mais básico, pelo menos na economia e na política. É por isso que quando ouço um político ou economista fazerem previsões de curto ou médio prazo geralmente não dou a mais leve importância. Nas previsões de longo prazo, prefiro as bruxas e demais confraria. É que eles ao menos divertem-me, e se calhar até são assertivos.
23 de maio de 2012
SOBRE O VENTO QUE PASSA. Concordo, na generalidade, com Paulo Pinto Mascarenhas quando ele diz que o «caso Miguel Relvas» tem, pelo menos, um mérito: «subitamente, descobriram-se insuspeitos defensores da liberdade de imprensa que se mantiveram calados durante os últimos seis anos». Há, porém, uma coisa que não disse e que também é verdade: os insuspeitos defensores da liberdade dos últimos seis anos estão, hoje, calados. Como o Paulo muito bem sabe, isto da liberdade de imprensa tem dias, e varia consoante a direcção do vento.
22 de maio de 2012

21 de maio de 2012
17 de maio de 2012
SERIA BOM ESCLARECER ISTO. A Grécia não poderá, em caso de incumprimento, ser expulsa da Zona Euro. Porque na Zona Euro «há um silêncio total sobre a possibilidade de saída dos Estados», e porque o Tratado de Lisboa «só prevê a possibilidade de saída voluntária dos países da UE, nunca a sua expulsão». Eis, em resumo, o que diz Viriato Soromenho Marques na sua crónica de hoje.
16 de maio de 2012

14 de maio de 2012
INCOMPETENTES. Já aqui manifestei algumas dúvidas acerca da competência da Judiciária, então a propósito de irregularidades (nalguns casos crimes) praticadas por agentes (ou ex-agentes) daquela polícia. Agora é a vez das secretas porem a nu toda a sua incompetência. Então os agentes desconhecem que os e-mails e as mensagens electrónicas enviadas e recebidas podem, em caso de suspeita de irregularidades, ser usados para os incriminar? Pelos vistos, desconhecem. E se assim é, não sei o que é mais assustador: se a prática dos crimes de que alguns são acusados, se a colossal incompetência que demonstraram.
9 de maio de 2012
7 de maio de 2012


O DEDO NA FERIDA. «A revolta desta esquerda não é contra os capitalistas ou a Jerónimo Martins, é contra o povo que pura e simplesmente não é o que eles queriam que fosse.» (Pedro Marques Lopes, DN) «Para a esquerda, o povo só vale a pena quando está do lado "certo". No lado "errado", o povo é um caso perdido e, conforme alguns comunistas de facções diversas não se eximiram de confessar no 1.º de Maio, assaz repugnante. (...) Apesar do apego à santidade da data, a esquerda não gosta de trabalhadores reais: gosta de moços de recados, que em democracia derrubariam as prateleiras cheias dos supermercados e num regime perfeito percorreriam ordeiramente as prateleiras vazias, de senha de racionamento na mão.» (Alberto Gonçalves, DN)
4 de maio de 2012
LIBERDADE DE IMPRENSA. Parece que ontem foi dia da liberdade de imprensa, ocasião que um grupo «para o desenvolvimento da denominada literacia mediática» aproveitou para reflectir a importância dos media no dia-a-dia. A ideia foi pôr as pessoas a reflectir sobre o que está de tal modo entranhado no quotidiano que já ninguém questiona, disse um dos seus responsáveis, e contou com uma série de actividades espalhadas pelo país destinadas a encontrar uma resposta à magna questão: «Que significado têm os media na nossa vida e como poderiam tornar-se mais significativos?» Ora, mesmo sabendo que já não vou a tempo de introduzir um novo tópico na reflexão, gostaria de ver discutidos alguns factos recentemente divulgados pelo Expresso. Segundo o jornal, os angolanos detêm 96,6% do Sol, 15,08% da Cofina (Correio da Manhã e Sábado, entre outros), 2% da Impresa (Expresso e SIC, entre outros), estão interessados num canal da RTP, e correm rumores de que pretendem adquirir 20% da Globalnotícias (Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, entre outros). Gostaria, portanto, de ver discutido o crescente controlo dos media portugueses por capitais estrangeiros, e as consequências, suponho que pouco agradáveis, que a circunstância não deixará de ter na soberania que nos resta.
3 de maio de 2012
ZOMBIES, DIZ ELE. Talvez isto seja a constatação, ainda que involuntária, de que os grandes educadores do povo falharam, afinal, na educação do povo.
2 de maio de 2012
IMPORTAM-SE DE RESPONDER? Se os McCann pretendem que o processo relativo ao desaparecimento da sua filha seja reaberto quando foram os culpados pela sua morte, como então disse o inspector da Judiciária que conduziu a investigação e logo depois voltou a dizê-lo num livro que procurou demonstrá-lo, o que pretenderão os McCann? O que terá a dizer o ex-inspector Moita Flores, que no Correio da Manhã se fartou de denunciar o que então jurou ser uma conspiração do governo inglês destinado a descredibilizar tudo o que não apontasse para a tese do rapto, e depois, mal surgiram notícias que não abonavam a sua tese, se calou muito caladinho? Seria interessante saber o que acharão eles sobre a atitude dos pais, que nos explicassem que interesse terão os McCann em desenterrar um caso de que são, segundo as sumidades, os principais suspeitos.
1 de maio de 2012

Subscrever:
Mensagens (Atom)