20 de fevereiro de 2019
TÁ PRETA, A COISA. A investigação do procurador Muller a um eventual conluio entre a campanha de Donald Trump e a administração russa já demonstrou várias coisas, mas, sobretudo, que Trump se rodeou de gente que não se recomenda, nalguns casos de autênticos canalhas. Não há, até ver, um único colaborador próximo do Presidente que saia bem na fotografia, e quem se rodeia de gente assim, não deve ser muito melhor. Nunca duvidei que Trump acabará mal — acredito na justiça, mesmo com erros e imperfeições. Mas agora, que se anuncia uma investigação aos negócios de Trump-empresário, que aparentam ter relação com Trump-político, a coisa vai ser pior do que eu imaginava. Não acredito que as suspeitas que andam no ar (lavagem de dinheiro, ligações ao crime organizado, irregularidades de toda a espécie) sejam meros pretextos para o liquidar politicamente — e até já há factos a comprovar que as suspeitas são demasiado sérias para que possam ser ignoradas. O tempo não dirá tudo, mas dirá o bastante para que Trump acabe como acabaram — ou vão acabar — alguns dos seus compinchas. É só encaixar as peças umas nas outras, embora não queira com isto dizer que será fácil e o desfecho esteja para breve (anunciam-se novidades para a próxima semana, mas é melhor aguardar). São tantos os indícios de malfeitorias e os rabos-de-palha que só um milagre lhe permitirá terminar o mandato. Isto para não falar em cenários piores, muito piores, que apenas surpreenderão os «básicos» do sujeito ou os mais distraídos.
11 de fevereiro de 2019
SEM VERGONHA. Vejo quem diariamente acuse este e aquele, geralmente no Facebook, de cometer toda a espécie de tropelias sem a mínima evidência — ou, pelo menos, sem sinalizar a origem da informação. Geralmente socorrem-se de manipulações, distorções, situações tiradas do contexto, do diz-que-disse, da mentira pura e dura. Às vezes é só uma imagem, um cartaz onde alguém escreveu uma acusação cuja credibilidade não se dão à maçada de aferir desde que sirva de arma de arremesso contra adversários ou inimigos. Imaginem que alguém faz um cartaz (ou escreve um texto, ou manipula um vídeo) acusando estes pantomineiros de patifarias que não cometeram. Como reagiriam? Talvez isso lhes arejasse aquelas pobres cabeças — e, quem sabe, lhes servisse de emenda.
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