14 de fevereiro de 2024
SINDICATOS DA DESORDEM. Por razões que me parecem óbvias, sempre olhei com desconfiança a existência de sindicatos nas polícias. Foi, por isso, sem surpresa que assisti à postura que os sindicatos têm vindo a adoptar nas últimas semanas. Em troca do que dizem ser os interesses legítimos da classe, de que não tenho motivos para duvidar, o Sindicato Nacional da Polícia, um dos 19 que representa as polícias, não só recusou cumprir os deveres que lhes estão atribuídos como ainda ameaçou boicotar as legislativas de 10 de Março caso não veja atendidos os seus desejos. Não será necessário ser visionário para intuir que mais dia, menos dia viesse a concretizar-se um cenário destes. Afinal, os sindicatos das polícias funcionam com a mesma dinâmica dos demais, e a dinâmica dos demais aplicada à PSP ou a outras forças de segurança põe em causa a segurança nacional e o Estado de Direito. É preciso ver que as polícias têm deveres que outros não têm, o primeiro de todos cumprir as missões que o Estado lhes confiou e juraram cumprir. Descumprindo esses deveres, até ver impunemente, quem quer saber das reivindicações das polícias?
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