28 de setembro de 2024
PÓLVORA SECA. Desaparecida a propaganda dos Amigos de Olivença, pelo menos da minha caixa de correio, eis que o ministro da Defesa resolveu desenterrar o assunto. Começou por dizer Nuno Melo que Olivença «é portuguesa», mas no dia seguinte, diante o silêncio dos seus pares, fez uma adenda: disse-o a título pessoal, pelo «não vincula o Governo» a que pertence. Presidente e Governo recusaram comentar. Os Amigos de Olivença aproveitaram a ocasião para dizer das suas razões. A presidente da Junta da Extremadura também disse das suas: Olivença é espanhola desde 1801 e «vai continuar a ser». O constitucionalista Jorge Miranda pronunciou-se para acalmar os mais assanhados. O professor Renato Epifânio chamou a atenção para o facto de não haver, em Olivença, qualquer «movimento político-social relevante de reintegração em Portugal». Ao que parece, o episódio morrerá por aqui. Tirando meia dúzia de gatos-pingados, ninguém quer saber de Olivença, muito menos meter-se em sarilhos. A questão permanece, portanto, em banho maria, pelo que portugueses e espanhóis que lá vivem continuarão a viver como habitualmente. Antes assim.
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