23 de dezembro de 2025

JAVIER REVERTE. Tirando dois ou três títulos, aparentemente esgotados e nunca reeditados, não se encontram, em Portugal, livros de Javier Reverte. Noto, igualmente, que na Wikipédia só há entradas em espanhol (catalão e basco) e árabe. Quer isto dizer que Javier Reverte foi um escritor menor? Se foi, as editoras portuguesas, e não só as portuguesas, publicam dezenas de títulos e autores que nem esse estatuto merecem. Quer dizer que não vende ou vende pouco? A função das editoras não é imortalizar no papel quem acham que merece, mas vender. Afinal, a generalidade das editoras são um negócio, e como tal têm a função de fazer dinheiro. Digo generalidade porque uns poucos editores editam por «amor à camisola», digamos assim, e já se dão por satisfeitos quando as receitas pagam as despesas. Curiosamente, os editores espanhóis, ou de língua espanhola, não têm, sobre vendas, razões de queixa de Javier Reverte (não confundir com Arturo Pérez-Reverte). Volto, portanto, à dúvida inicial. Por que será? Vou no terceiro título (El sueño de África) depois de El Río de la Desolación e Corazón de Ulises e tenciono ler mais uns quantos. Tenho pena que seja numa língua que não domino, mas é o que há.