17 de julho de 2003
Segundo o "Público", o ex-secretário de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho terá instado a Alta Autoridade para a Comunicação Social e o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas «a reagir ao "código de conduta" que o "Expresso" publicou na sua última edição.» Nomeadamente no que se refere às escutas telefónicas, que o resto até acha «razoável». E o que diz o famoso "código de conduta" sobre as escutas telefónicas? Vejamos: «Os jornalistas não devem recorrer a aparelhos de escuta ou à intercepção de conversas telefónicas privadas, nem devem publicar informação obtida clandestinamente através daqueles meios». Mas com uma ressalva: a não ser que haja «interesse público». Ora, não se percebe porquê tanto alarido. O "código de conduta" do "Expresso" mais não é de que uma carta de intenções — e toda a gente sabe que não é para cumprir. Aliás, as abundantes ressalvas que nele se fazem encarregam-se largamente de demonstrar que aquilo é só para inglês ver.