1 de setembro de 2003

Como vem sendo hábito, a viagem a Portugal correu mal. Na ida, o «check-in» demorou uma eternidade. A catraia que me calhou estava a «estagiar», de modo que eu tive que fazer de cobaia. Depois, o alarme do aeroporto resolveu disparar sem razão aparente, e lá tive eu que gramar um barulho infernal durante largos minutos. No avião, uma criança num berreiro desalmado inviabilizou por completo os planos que eu tinha para ler uns textos e deixou-me à beira de um ataque de nervos. O regresso não foi melhor. Após quarenta minutos de voo, o comandante anuncia que há um «problema técnico» e que vamos regressar a Lisboa. Uma vez lá e fora do avião, somos informados de que o nosso destino será conhecido dali a duas horas. Esperámos. Dali a duas horas, novidades... só dali a duas horas. E, depois, mais duas e mais duas. Embarcámos oito horas depois, mais mortos que vivos e a maldizer tudo o que mexia.