14 de junho de 2004
A derrota de Portugal frente à Grécia corre o risco de varrer a onda de patriotismo só vista nos tempos do dr. Salazar. De facto, e independentemente do que acontecer daqui para a frente (é preciso não esquecer que as esperanças portuguesas continuam intactas), a derrota da selecção portuguesa frente a um país de «outro campeonato» teve o mérito de acordar os portugueses para a triste realidade. E, a meu ver, a triste realidade demonstra que a fasquia foi posta demasiado alta, sobretudo depois dos jogos de preparação terem demonstrado que não há razão para grandes entusiasmos. Mais que a derrota clara e inequívoca frente aos gregos, a selecção portuguesa limitou-se a confirmar o que já se disse e repetiu: uma amálgama de excelentes jogadores, mas longe de ser uma equipa. Infelizmente não há razões para crer que isto se possa mudar de um dia para o outro.