1 de julho de 2004
Pedro Santana Lopes foi eleito presidente do PSD pela esmagadora maioria dos votos (98 contra 3). O actual presidente da Câmara de Lisboa sucede, assim, a Durão Barroso no cargo de presidente dos social-democratas — e poderá, em breve, tornar-se primeiro-ministro. Tudo isto em meia dúzia de dias e, aparentemente, de acordo com as regras. Mas há uma ideia que fica desta nomeação: por mais legítima que tenha sido — e nada indica o contrário —, fica a ideia de uma vitória na secretaria, e as vitórias na secretaria não se recomendam. Já os «golpes de Estado» invocados pela dra. Manuela Ferreira Leite e pelo dr. Alberto João Jardim, embora por razões distintas, são um manifesto exagero.