8 de fevereiro de 2005
Como estarão recordados, à invasão do Iraque seguiu-se as eleições no Afeganistão, na Palestina, no Iraque e, agora, na Arábia Saudita, embora estas um pouco originais. Todas elas eleições históricas, e todas elas a excederem largamente as expectativas. Hoje, Ariel Sharon e Mahmud Abbas anunciaram um cessar-fogo, coisa que o primeiro-ministro israelita não conseguiu com esse grande paladino da liberdade que foi Yasser Arafat. Como julgo ser evidente, trata-se de uma sucessão de acontecimentos que representam importantes vitórias para os povos afegão, palestiniano, iraquiano, saudita e israelita. Mas como algumas dessas vitórias representam, também, vitórias dos Estados Unidos, há quem não se conforme. E não se conforma porque o que importa é que as coisas corram mal aos Estados Unidos, tenha lá isso os custos que tiver. Que os povos sofram as consequências caso as coisas corram mal aos americanos, é um mero detalhe. Um mero detalhe que nunca os interessou e jamais os interessará. Tão claro que só não vê quem não quer.