13 de junho de 2005
Como não acho que as pessoas e suas ideias passam a ser melhores depois de mortas, não tenho qualquer elogio a fazer a Álvaro Cunhal ou Vasco Gonçalves. Uma perda para o País? Não me lixem. Só faz falta quem cá está, costuma dizer-se e com razão. A coisa é um pouco brutal, reconheço, mas mais vale assim que embarcar na hipocrisia que por aí vai. Além de que sou capaz de apostar que os ilustres falecidos ficariam menos incomodados com esta brutalidade do que com o paleio de circunstância e as lágrimas de crocodilo.