22 de agosto de 2005
«Documentos do Departamento de Estado norte-americano agora desclassificados mostram que responsáveis taliban discutiram, em 1998, com diplomatas dos Estados Unidos o assassínio ou a expulsão de Osama bin Laden do Afeganistão. Em causa estava, então, a resposta aos atentados contra as embaixadas dos EUA no Quénia e na Tanzânia que nesse ano fizeram 220 mortos e milhares de feridos. O regime dos "estudantes de Teologia" acabaria por cair no fim de 2001, quando recusou expulsar Osama após os ataques de 11 de Setembro.» Isto é o primeiro parágrafo de uma notícia do Público do último domingo, que prossegue: «Apesar de oficialmente os taliban não serem reconhecidos por Washington, os documentos colocados no site do Arquivo Nacional de Segurança, dão conta de várias reuniões entre o adjunto da missão dos EUA na embaixada do Paquistão, Alan Eastham Jr., e Wakil Ahmed, colaborador próximo do líder taliban, mullah Omar. "É inacreditável o que este pequeno homem vos fez", diz Ahmed durante um encontro a 19 de Dezembro. Na mesma reunião, Ahmed diz a Eastham ter falado com Omar sobre Osama e que os taliban ainda acreditam na sua inocência.» E continua a prosa por mais meia dúzia de parágrafos sem nunca referir que tudo isso se passou durante a presidência de Bill Clinton, certamente que por esquecimento.