20 de abril de 2006
«De norte a sul do país, é notória a onda crescente de entusiasmo suscitada pelo MIC de Manuel Alegre», escreveu Luís Costa no Público de hoje. E prosseguiu: «só os mais distraídos ou os menos lúcidos poderão ignorar a dinâmica imparável do MIC». Significa isto que eu ando distraído e tenho um défice de lucidez, pois ainda não dei pela onda de entusiasmo ou pela «dinâmica imparável». Aliás, ainda não dei pela existência do MIC, mas deve ser distracção minha. Mas há mais, muitíssimo mais. Segundo o cavalheiro, a ausência de Manuel Alegre nas votações da semana passada «só poderá ser criticada por manifesto populismo e pelos adeptos da cultura antiparlamentar», pois «Alegre teve o cuidado de "picar o ponto"» antes de se ausentar — «e só o esforço de ter passado pelo Parlamento na antevéspera de Sexta-Feira Santa já deveria ser por todos aclamado». Comovente, não é?