18 de maio de 2006
O Tribunal Cível de Lisboa achou «improcedente» a providência cautelar requerida pela Oficina do Livro, que considerou Couves e Alforrecas uma violação ao bom nome e à honra de Margarida Rebelo Pinto™ que devia ver impedida a sua publicação (ou apreendidos todos os exemplares nas livrarias, visto que o livro já foi publicado). A editora apressou-se a informar que admite interpor uma acção cível contra o livro e seu autor. «Apesar de ainda não se terem feito sentir quaisquer danos» sobre a escrita de Margarida Rebelo Pinto™, não é «definitivo» que o livro de João Pedro George não venha a causá-los, garantiu o responsável pela Oficina do Livro. Ora, a meu ver, isto é que é preocupante. É que João Pedro George deve ter tido um trabalho medonho para demonstrar, com toneladas de factos (coisa rara de se ver em críticas literárias), que a «obra» da criatura é uma grandessíssima trampa, e o pior que pode acontecer é que esse trabalho não tenha consequências. Preocupante mas não surpreendente, valha a verdade, porque se adivinha que os leitores de Margarida Rebelo Pinto™ estejam pouco familiarizados com tais produtos agrícolas.