4 de setembro de 2006
Manuel Monteiro pôs em alvoroço a Direita portuguesa. Por mais que se tente desvalorizar (ou ridicularizar) a ofensiva do líder da Nova Democracia, os factos demonstram que a Direita ficou nervosa e que um grupelho pesa mais do que parece. É provável que Paulo Portas esteja por trás de tudo, como já ouvi alguém dizer, o que seria a segunda vez (pelo menos) que Manuel Monteiro é usado por Paulo Portas. Mas uma coisa é certa: há uma direita que não se revê no CDS nem, muito menos, no PSD. Ou muito me engano, ou a iniciativa de Monteiro — a «refundação da direita» — vai ter consequências. Provavelmente consequências que Monteiro não deseja: o regresso de Paulo Portas à política partidária.