20 de outubro de 2006
Como seria de prever, o caso da ponte de Entre-os-Rios terminou sem culpados. Temos, assim, que a culpa foi da ponte, que caiu e não devia. Da ponte, do mau tempo, ou dos 59 que lá perderam a vida. A culpa não pode morrer solteira, dizia o então ministro Jorge Coelho, que se demitiu por causa do acidente. Cinco ano depois, o resultado está à vista. Não, não defendo que se arranje um culpado à força, mas é evidente que alguém é culpado por aquilo que sucedeu. Ouvir um tribunal dizer que não há culpados é, por isso, revoltante.