5 de dezembro de 2006
Segundo António Vilarigues, «assiste-se a uma permanente e bem elaborada campanha (…) de branqueamento do regime de Salazar e Caetano» destinada a «reescrever a história de Portugal no século XX». O mais recente episódio desta campanha, acrescenta, é a criação de um museu em Santa Comba com o propósito de fazer «a propaganda do fascismo». Ora, a ser verdade que se pretende criar o museu, não se vê que isso legitime a ditadura de Salazar e Caetano e as patifarias do Estado Novo. Se o sr. Vilarigues está realmente preocupado com o «branqueamento do regime de Salazar e Caetano», parece-me que devia aplaudir iniciativas que visam dar a conhecer melhor tais figuras e suas práticas. Não é evitando falar do passado que se evitam futuros que ninguém quer.