O caso relatado pelo provedor dos Leitores do PÚBLICO na coluna publicada na edição do passado domingo não deixou indiferente a Direcção Editorial. Em causa está uma suspeita de plágio por parte de uma jornalista da redacção do PÚBLICO num artigo editado na revista Pública de 22 de Outubro de 2006.
O provedor dos Leitores já fez, na referida coluna, a análise e julgamentos que considerou pertinentes dentro do pleno exercício das funções que o seu estatuto lhe confere. Essa exposição pública constitui já, e só por si, uma dura crítica aos métodos que são atribuídos à referida profissional para a realização do trabalho em causa. Poderíamos, por isso, dar o caso por encerrado aqui mesmo, confortados pela consciência de ser o PÚBLICO o órgão da comunicação social portuguesa que vai mais longe na prática regular da auto-análise e autocrítica e de as partilhar com os leitores.
No entanto, a Direcção Editorial considera que a suspeita em causa exige que o assunto não seja encerrado e que os padrões de exigência, transparência e auto-regulação devem aumentar e não diminuir.
Nesse sentido, foi solicitada uma reunião urgente ao Conselho de Redacção do jornal, órgão que tem como principal função a avaliação das condutas éticas e deontológicas dos jornalistas. O mesmo fez, de resto, a profissional em causa. Essa reunião vai realizar-se esta manhã e o director do jornal, que preside ao CR por inerência, vai solicitar uma tomada de posição tão rápida quanto possível.
Entretanto a Direcção Editorial do PÚBLICO compromete-se a tornar públicos todos os documentos que já foram e venham a ser elaborados sobre este caso, criando para tal um espaço especial no nosso site na internet (www.publico.pt).
A Direcção Editorial
10 de janeiro de 2007
Para quem não tem acesso ao Público online, eis a Nota da Direcção publicada na edição de hoje: