12 de fevereiro de 2007
Percebe-se que o presidente da Câmara de Gaia procure todas as oportunidades para demonstrar que existe politicamente, mas dizer que os resultados do referendo sobre o aborto foram «uma enorme derrota» para o primeiro-ministro e «um cartão amarelo» à sua governação a pretexto de que a soma do absentismo e dos votos do «não» constitui 80 por cento dos portugueses, é um disparate sem nome. Luís Filipe Menezes devia saber que o pior que se pode fazer é quer transformar derrotas em vitórias, mesmo que tenha razões para isso (o que não é o caso). E devia saber, também, que a falta de fair play na hora da derrota é coisa que cai sempre mal.