3 de maio de 2007

Tirando o próprio e meia dúzia de apoiantes, não se percebe a decisão de Carmona Rodrigues em manter-se na Câmara de Lisboa. Bem pode pregar aos quatro ventos que não está agarrado ao poder que a decisão que tomou só tem essa leitura. Não foi apoiado como devia pelo partido a que pertence? Não será o primeiro a abandonar o barco nem permitirá que o atirem borda fora? Sente-se ferido na sua honra e está de consciência tranquila? Tudo muito comovente, mas nenhuma destas razões justifica a continuidade à frente da autarquia. Aliás, qualquer cidadão minimamente informado há muito percebeu que só resta um caminho ao autarca: demitir-se, e deixar espaço para que outro ocupe o seu lugar. Seria essa a conclusão a que chegaria caso esquecesse um minuto a sua pessoa e pensasse outro tanto no cargo que ocupa.