6 de julho de 2007
É evidente que a maioria dos muçulmanos não é terrorista, mas também não se pode ignorar que (quase todos) os terroristas são muçulmanos. Como se acaba de ver com os atentados falhados de Londres e Glasgow, a tese de Oriana Fallaci continua actualíssima. A tese e os factos que a sustentam, que não mudaram rigorosamente nada. Por exemplo, onde estão os muçulmanos moderados, que nunca se ouvem nestas ocasiões? Se eles são a maioria (não duvido, sequer, que sejam), por que agem como se não fossem? Não poderiam aproveitar os acontecimentos de Londres e de Glasgow para condenar, de forma clara e inequívoca, actividades daquela natureza, e dizer alto e bom som que o Islão não é assim? Confesso que nunca percebi por que razão se remetem a um silêncio ensurdecedor sempre que há atentados (ou tentativas de atentados, no caso) cometidos em nome dos valores em que acreditam. Já quando se queixam de estarem a ser olhados com desconfiança ou a serem discriminados, ouvem-se perfeitamente.