16 de novembro de 2007

Como seria de esperar, o veto do presidente americano à proposta de Patrick Kennedy (o congressista propôs que o Governo federal financiasse o ensino da língua portuguesa nos EUA) causou grande alarido. Primeiro, porque a coisa veio de Bush, e vindo de Bush não pode ser coisa boa. Depois, porque a decisão é uma estupidez, e ofende os portugueses. Ora, um pouco menos de patriotismo idiota bastaria para ver a coisa de outra maneira. Por exemplo, o que se diria se o Governo português resolvesse gastar uns milhões de euros a ensinar os ucranianos residentes em Portugal a falar a sua própria língua? Ou a ensinar a escrever chinês aos chineses? Achariam bem? O que faz sentido o governo americano apoiar nos EUA é o ensino do inglês destinado aos emigrantes que têm dificuldades com a língua inglesa, sejam eles portugueses ou não. O resto é uma excentricidade. Uma excentricidade que nos dava jeito, mas uma excentricidade.