26 de novembro de 2007
Definitivamente que os técnicos que conceberam as mais recentes maquinetas de leitura não lêem um livro. Não lêem, nem aprenderam nada com os modelos anteriores, em alguns aspectos superiores aos actuais. Por exemplo, qualquer modelo mais antigo possui iluminação interior, possibilitando a leitura em ambientes escassamente iluminados — ou mesmo completamente às escuras. Nenhum dos recentes modelos (Sony Reader e Amazon Kindle) possui esta função. Aliás, como sucedeu com o Sony Reader, o agora lançado Amazon Kindle é mais um modelo falhado. Nem a ligação à Internet o salva — ou, sequer, o torna um concorrente de peso do modelo da Sony. Começa logo pelo design, a roçar o mau gosto. Em vez de aproveitarem ao máximo o espaço com o ecrã, como fez o Sony Reader, quase metade do dito é ocupado com uma infinidade de botões. Pior: à semelhança do Sony Reader, não se percebe a ausência de ecrã táctil, uma tecnologia cada vez mais em uso e que, no caso, faria uma enorme diferença, além de que teria evitado uma infinidade de botões. Mas o mais inacreditável de tudo é constatar-se que os fabricantes destes aparelhos não aprenderam nada com os modelos anteriores. Caso tivessem prestado atenção, teriam copiado o que estava bem, melhorado o que precisava de ser melhorado, e adicionado novas funcionalidades. E foi pena, pois o Sony Reader nunca me satisfez. Como, aliás, já aqui disse.