5 de novembro de 2007
Que raio de país é o nosso onde se sucedem coisas destas? Claro que a situação de Maria Brandão seria grave mesmo que fosse caso único, mas quando não há semana em que não conheçamos casos destes, deixando adivinhar que muitos mais haverá que nunca chegarão aos telejornais, alguma coisa está muito mal com os organismos que decidem estas coisas. Fez bem o ministro das Finanças em mandar reapreciar o caso da funcionária pública. É que os portugueses precisam de saber que algo está a ser feito para que situações destas não se repitam — e, muito menos, se generalizem. Quanto aos profissionais que decidem estas matérias, o mínimo que se pode dizer é que se esperaria mais profissionalismo. Esperar-se-ia, para começar, que nos explicassem em que pressupostos assentou o veredicto de Maria Brandão — ou, então, que assumissem o erro. Mas não vale a pena ter ilusões. Por aquilo que se viu até agora, é melhor esperar sentado.