18 de janeiro de 2008
Não percebo por que motivo jornais e revistas perdem tempo com notícias acerca das vendas dos ditos. Primeiro, quem, a não ser eles, quer saber disso? Depois, quem precisa realmente desses números (os anunciantes, presumo) certamente que não se fia nas notícias. Por último, lê-se a notícia no DN e concluiu-se uma coisa, e concluiu-se outra após ler o Público (sem link). Sim, a gente sabe que cada um dá a notícia do modo que mais lhe convém e manipula o mais que pode, mesmo sabendo-se que são os mesmos os factos de ambas as notícias. Só que, assim, nunca sabemos quem fala verdade ou quem mente, o que equivale a dizer que não se acredita em ninguém. Aliás, também nunca percebi a (aparente) eficácia de se dizer «em directo», «em primeira mão» ou «em exclusivo» sempre que os jornalistas pretendem passar a ideia de que estão a dar a máxima importância ao que fazem, que foram os primeiros a chegar lá ou os únicos com acesso a informação que mais ninguém tem. Quem são os telespectadores, ouvintes ou leitores que querem saber destas coisas? Quando é que os jornalistas metem na cabeça que estão a falar para os telespectadores, ouvintes ou leitores, e não para a concorrência?