28 de março de 2008
O VÍDEO. Dei uma volta pelos principais sites de notícias mal soube que o vídeo do deputado holandês tinha sido colocado na internet e verifiquei, sem surpresa, que não havia qualquer referência na CNN e na FOX. Não me surpreendeu, também, que a notícia tenha sido retirada do portal Terra, onde reapareceu muito depois reformulada e com novo título. (Apercebi-me graças ao Google Reader, que me anunciou a notícia que, depois, não apareceu.) Não me surpreendeu, por último, que o Daniel tenha dito que o vídeo é «propaganda racista», que nada tem a ver com a realidade. Mas já me surpreendeu que, várias horas depois, ainda não houvesse qualquer referência na CNN. O mais extraordinário é que o vídeo, ao contrário do que diz o Daniel, não contém nada que já não tenha sido dito, nem mostra nada que já não tenha sido visto. Afinal, o vídeo é uma colagem de imagens que passaram em todo o lado, e já toda a gente viu. Aliás, era capaz de apostar que o vídeo passaria sem ondas caso tivesse sido posto na internet por alguém ligado a um partido moderado, de esquerda ou de direita, como muito bem poderia ter sucedido. Como não foi assim, as reacções de desagrado foram mais drásticas — e muito mais numerosas. É por estas e por outras que os partidos radicais ganham terreno e adeptos.