11 de março de 2008

TIRO NO PÉ. O modo como Hillary Clinton considerou a possibilidade de Obama vir a ser o seu número dois demonstrou, de novo, que a ex-primeira-dama continua a tratar o seu adversário nas primárias com uma sobranceria que lhe pode sair cara. Apesar de os números há muito demonstrarem que Obama tem todas as hipóteses de bater a concorrente, Hillary insiste em agir como se a nomeação lhe pertencesse por direito divino, e que a candidatura do senador do Illinois não passa de um empecilho de que, a prazo, há-de livrar-se. Como seria de esperar, o presente envenenado com que tentou brindar o seu adversário acabou por se revelar um tiro no pé — e teve a resposta que merecia.