18 de dezembro de 2008
ESTADO DO ESTADO. Em 1995, a administração Clinton disse aos bancos que só beneficiariam de condições excepcionais de crédito caso demonstrassem que estavam a emprestar dinheiro às famílias com baixos rendimentos. Quatro anos depois, a mesma administração pressionou a maior compradora de hipotecas (a Fannie Mae) a fazer o mesmo. Em 2005, a administração Bush requereu que 45% dos empréstimos adquiridos pela Fannie Mae e Freddie Mac (semelhante à Fannie Mae) fossem empréstimos concedidos às famílias com médios ou baixos rendimentos. Numa altura em que uns defendem maior intervencionismo do Estado e outros acusam os modelos económicos de funcionarem sem rei nem roque, isto devia dar que pensar. Afinal, o problema do subprime, que provou a catástrofe financeira que se conhece, talvez não tivesse existido caso não fossem as pressões governamentais. Com os Estados cada vez mais intervenientes na economia, por razões que nem sempre se entendem, há que temer o pior.