26 de dezembro de 2008
TIROS DE PLÁSTICO. O ensino nas escolas portuguesas entrou na fase da pistola. De plástico, até ver, para nos irmos habituando. Apontar uma arma a uma professora, ainda por cima numa sala de aula, é bem capaz de ser «uma brincadeira de mau gosto», como diz a vítima, mas nunca caso para castigar os alunos, como diz o presidente de uma federação de associações de pais. O caso «é mais sério do que uma brincadeira de mau gosto», admite Manuel Valente, mas não é castigando os alunos que, no seu entender, o problema se resolve. De facto, olhando bem o pressuposto, o sr. Valente é capaz de ter razão. Imaginemos um aluno a dar um tiro num professor e o professor ir desta para melhor. Não é castigando o aluno que se devolve a vida ao morto, não é?