29 de janeiro de 2009
JORNAL DE LETRAS. Bem sei que o período não é apropriado (comemora-se a milésima edição), mas apetece-me dizer que faz sete anos que deixei de comprar o Jornal de Letras. Digo mais: por falta de espaço, desfiz-me, há muito, do arquivo (que transportei de Portugal para a América e, na América, da primeira para a segunda residência), excepto dois exemplares onde publiquei umas coisas sem importância. Como calcularão, não foi uma decisão fácil (refiro-me ao arquivo), mas nunca me arrependi. Pelas razões que apontei, mas, também, porque me fartei de jornalismo de capelinha. Fartei-me de ver promovidos escritores e artistas cujo único mérito era o passado antifascista, fartei-me de ver silenciado quem era bom por não ter esse passado. Desde então para cá, numa mais vi um exemplar (é praticamente impossível encontrar o JL onde resido). Pode ser, portanto, que tenha mudado. Mas era assim.