26 de janeiro de 2009
LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Esta história do deputado holandês ser julgado por ter incitado, através de comentários à comunicação social, «ao ódio e à discriminação das suas crenças», bem como por ter feito um filme onde o Islão é descrito como um culto violento, só pode estar mal contada. É que, a ser verdade, estamos diante um grave atentado à liberdade de expressão. Goste-se ou não do sujeito (eu não gosto), parece-me que ele tem o direito de pensar como pensa, e de exprimir o que pensa da forma como o tem feito. Que o politicamente correcto nos queira impor as suas regras, compreende-se. Mas que os tribunais se rendam a essa pretensão, é preocupante. Pior: o caso não mereceu a condenação de ninguém. Fosse um islamita a dizer que os católicos deviam ser espingardeados por não pensarem como ele e alguém responder-lhe ameaçando-o com um par de tabefes, e a esta hora já se tinham publicado resmas de prosa a defender a liberdade de expressão do sujeito.