16 de março de 2009
MORAL DE OCASIÃO. Arons de Carvalho insurge-se, no Expresso, contra os media que, segundo ele, usam e abusam da informação resultante de violações do segredo de Justiça para fins comerciais ou políticos. Como me parece evidente a qualquer cidadão consumidor regular dos media, o deputado tem, em parte, razão, mesmo reconhecendo-se que ele não está em condições de poder, sobre esta matéria, pronunciar-se com isenção. Acontece que a Justiça, que não lhe mereceu o mais leve reparo, apenas se mexe em casos como o Freeport quando há fugas de informação que acabam nos media, como Arons muito bem sabe. Ao contrário do que diz o ex-secretário de Estado da Comunicação Social, os media acabam, talvez involuntariamente, por ser mais úteis que prejudiciais ao andamento dos processos. Não digo isto motivado pelo espírito corporativo, que não tenho. Digo-o porque é uma evidência que os vários exemplos demonstram.