10 de março de 2009

VÓMITO. Quem vê com alguma regularidade as performances televisivas de Medina Carreira sabe bem até que ponto ele é pessimista. Mas a verdade é que as catástrofes por ele enunciadas não têm nada de gratuito, muito menos demagógico. Como se viu na última entrevista à SIC, os factos demonstram que as coisas são o que são, e não é fingindo que não são que passam a ser doutro modo. Aliás, os cidadãos estão fartíssimos de fingidores e de malabaristas. Estão fartíssimos, por exemplo, de políticos como os que hoje mesmo elogiaram o presidente angolano, a pretexto de que Eduardo dos Santos estará a «fazer esforços» para a «consolidação da democracia» em Angola. Quem não sabe o que se passa em Angola e quem é Eduardo dos Santos? Pelos vistos, só os políticos que temos. Em nome do interesse nacional, dirão eles, embora todos saibamos que o interesse nacional frequentemente se confunda com os interesses de meia dúzia.