15 de abril de 2009
EBOOKS, DE NOVO. O facto de existirem, ou não, livros para os leitores de eBooks constitui, na minha opinião, uma falsa questão. Há anos que utilizo maquinetas de leitura digital (nunca sei como as hei-de designar), e nunca comprei um só livro para lá pôr. A circunstância não me impediu, contudo, de lá colocar umas dezenas, que os há aos milhares, de borla, na internet. O facto de uma marca disponibilizar, online, centenas de livros a pataco, é-me indiferente. Qualquer livro gratuito disponível na internet pode ser instalado em qualquer modelo existente (quando não é possível é fácil de converter), e quando se trata de abrir os cordões à bolsa prefiro o livro em papel. A primeira função de um leitor de eBooks nunca foi, para mim, ler livros, mas textos tirados da internet que, depois, leio quando e onde me apetecer sem necessitar de computador ou de impressora. Resumindo, o leitor de eBooks nunca foi uma alternativa ao livro em papel (apesar de ter lido alguns em formato digital), mas um meio que me simplifica outras leituras. Estou, aliás, convencido de que não sou, nesta matéria, um caso isolado, e não me espantaria que o meu caso fosse a regra. Sim, os livros em papel podem, a prazo, desaparecer, como (quase) desapareceram os LPs e, não tarda, os CDs. Mas não penso que os novos suportes ponham em causa o futuro do livro, como o desaparecimento dos LPs e dos CDs não pôs em causa o futuro da música (se calhar o consumo até aumentou). E isso, para mim, é que conta.