23 de novembro de 2009
O NIN DE MARCELO. Vasco Pulido Valente escreveu, há dias, que acha «inquietante» não se saber o que «pensa» Marcelo, nem o que Marcelo quer «para ele e para o país». Como logo se apressaram a dizer, o facto de Marcelo não ter «ideias para o país» é uma questão de somenos, e até nem ao próprio Vasco Pulido Valente, apesar da retórica, incomodará por aí além. Inquietante será se Marcelo chegar a líder do PSD, ou, pior, a primeiro-ministro. Não pelas ideias que não terá, mas por nunca ter demonstrado vocação para liderar um partido político ou ser primeiro-ministro. Marcelo gosta demasiado do jogo político para se deixar manietar por um cargo, por muito apetecível que seja, pois sabe melhor que ninguém que a sua margem de manobra é maior como comentador político do que teria como líder partidário ou primeiro-ministro — e como comentador político jamais será penalizado por eventuais erros como seria penalizado como líder ou primeiro-ministro.